Análise Tática do Clássico Athletiba: Expectativas e Estratégias para o Confronto no Couto Pereira

Início de Temporada e Abordagens Táticas Distintas

O primeiro encontro entre Coritiba e Athletico na temporada atual do Campeonato Paranaense promete ser um duelo intrigante, marcado por estratégias distintas adotadas por seus respectivos treinadores. Mozart, à frente do Coritiba, iniciou seu trabalho recentemente, enquanto Maurício Barbieri, no comando do Athletico, busca consolidar um time-base desde o início da competição. As abordagens contrastantes adicionam um tempero extra ao clássico, elevando as expectativas para o confronto.

No Coritiba, a instabilidade nas escalações tem sido uma constante, com cinco mudanças de um jogo para o outro sob o comando de Mozart. Essa rotatividade, combinada com a utilização de uma formação alternativa em duas partidas, dificulta a previsão da escalação para o clássico. Por outro lado, o Athletico tem demonstrado maior consistência, buscando o entrosamento de seu elenco desde as primeiras rodadas.

Possíveis Escalações e Dúvidas Táticas

A escalação do Coritiba permanece incerta, especialmente no meio-campo. Mozart pode optar por um time com mais intensidade, apostando em Geovane, Sebastián Gómez e Vini Paulista, ou incluir Josué para dar mais cadência ao setor. A provável formação do Coxa deve ter: Pedro Morisco; Rafinha, Thalisson, Bruno Melo e Jamerson; Sebastián Gómez, Vini Paulista e Josué; Lucas Ronier, Everaldo e Júnior Brumado.

No Athletico, a principal dúvida reside na lateral direita, com Dudu e Palácios disputando a posição. No ataque, a titularidade de João Cruz é questionada, mas o treinador tem demonstrado confiança no jogador. A possível escalação do Furacão conta com: Mycael; Palácios, Belezi, Léo e Fernando; Raul, Felipinho e Zapelli; Luiz Fernando, Di Yorio e João Cruz .

Dinâmicas de Jogo e Criação de Oportunidades

Ambas as equipes mostram uma tendência a abrir os laterais, com os zagueiros recuados e os volantes se aproximando para iniciar as jogadas. No entanto, a dinâmica de progressão difere entre os rivais. O Coritiba utiliza Rafinha para qualificar as jogadas do lado direito, enquanto Jamerson tem liberdade para avançar pela esquerda, abrindo espaço para Everaldo e Júnior Brumado na área.

No Athletico, o lado direito é o mais explorado, com Palácios e Dudu frequentemente se juntando ao ataque. O volante Raul é peça chave na transição, acelerando as jogadas e acionando Zapelli ou os jogadores de beirada. As melhores oportunidades ofensivas do Coritiba surgem através de Lucas Ronier, que atua pela direita, enquanto no Athletico, Zapelli é o principal articulador, posicionando-se no centro ou na esquerda.

O Desempenho de Lucas Ronier e Bruno Zapelli

Apesar das diferentes dinâmicas de jogo, Lucas Ronier, do Coritiba, e Bruno Zapelli, do Athletico, emergem como os principais criadores de jogadas de suas equipes. Ronier, com sua habilidade de drible e passe, busca desequilibrar a defesa adversária, enquanto Zapelli, com sua visão de jogo, orquestra as oportunidades do Athletico. É crucial observar como o posicionamento de Ronier pode explorar o lado esquerdo do Athletico e como Zapelli tentará superar a marcação do Coritiba.

"No Coritiba, Lucas Ronier fica mais próximo da lateral direita, mas sempre indo para o centro ou para a grande área, invertendo posição com algum outro meio-campista (contra o Cascavel fez isso com Matheus Bianqui, por exemplo). Em resumo, o atual camisa 11 é o jogador mais criativo do Coxa, com bons passes e dribles, o que provoca desequilíbrio na zaga adversária."

Pontos Fracos e a Busca pela Consistência

Por estarem em fase inicial de trabalho, ambas as equipes apresentam pontos a serem aprimorados. No Coritiba, a falta de continuidade e a instabilidade nas escalações são preocupantes, enquanto no Athletico a dificuldade em concretizar as oportunidades criadas em gols tem sido um problema. Apesar de gerar diversas finalizações, o Furacão tem sofrido para converter em placares favoráveis.

A repetição da equipe tem sido uma dificuldade para o Coritiba e para o treinador Mozart, que no seu trabalho anterior, no Mirassol, tinha como marca registrada a repetição do time.

A Importância da Bola Parada

Tanto Coritiba quanto Athletico têm demonstrado qualidade em lances de bola parada, o que pode ser um fator decisivo no clássico. O Athletico se mostrou perigoso nesse tipo de jogada em partidas anteriores, enquanto o Coritiba já marcou dois gols dessa forma no campeonato. Sendo assim, a atenção para as jogadas de bola parada pode ser um diferencial para determinar o vencedor do Athletiba.

?Como são dois times ainda em formação, esse elemento pode mais uma vez ser decisivo e fazer com que um deles deixe o Couto Pereira vitorioso.?