Jogadores do Coritiba depõem sobre tumulto no clássico Athletiba

Investigação sobre o Incidente no Athletiba: Jogadores do Coritiba Depõem

Em um desenvolvimento recente, cinco atletas do Coritiba compareceram à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) para prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento na polêmica briga generalizada que manchou o clássico Athletiba, realizado em 25 de janeiro no Couto Pereira, em partida válida pelo Campeonato Paranaense.

Os laterais Jamerson e Rodrigo Gelado, o volante Sebastián Gómez, o meia Jousé e o atacante Júnior Brumado foram ouvidos pelo delegado Luiz Carlos de Oliveira durante aproximadamente uma hora. Acompanhados pelo departamento jurídico do Coritiba, os jogadores responderam às perguntas sobre o incidente que ganhou repercussão nacional.

O Clima Teso e a Explosão no Campo: Relembre a Confusão

Desde o apito inicial, a atmosfera da partida já era carregada, com discussões acaloradas e empurrões constantes entre os atletas das duas equipes. No entanto, o cenário se deteriorou drasticamente após o término do jogo, quando uma briga generalizada irrompeu no gramado, com cenas de violência que incluíram socos e pontapés.

A situação caótica exigiu a intervenção da polícia e dos seguranças dos clubes, que entraram em campo para tentar separar os envolvidos. Após alguns minutos de tensão, o elenco do Athletico se retirou para o vestiário, pondo fim ao confronto físico.

Consequências e Próximos Passos na Apuração dos Fatos

O árbitro da partida, Selmo Pedro dos Anjos Neto, registrou um total de dez expulsões em decorrência da confusão. Entre os jogadores do Coritiba que compareceram à Demafe, todos foram expulsos, assim como quatro atletas do Athletico: Fernando, Felipinho, Mycael e Isaac. A Polícia Civil intimará os jogadores do Athletico nos próximos dias para que também prestem seus depoimentos.

?A gente pode dizer que o principal objetivo de intimar os jogadores para eles terem a consciência do impacto que causam, não só na sociedade, mas até mesmo no estádio, onde que se criou um clima muito hostil?, afirmou o delegado Luiz Carlos de Oliveira.

O Impacto da Violência e a Conscientização dos Atletas

O delegado Luiz Carlos de Oliveira enfatizou a importância de conscientizar os jogadores sobre o impacto de suas ações, tanto na sociedade quanto no ambiente do estádio, que se tornou excessivamente hostil. Ele ressaltou que a briga generalizada poderia ter tido consequências ainda mais graves.

?Da maneira como ocorreu, uma briga generalizada, que todo mundo brigou com todo mundo, teria consequências hoje muito maiores. E nós fizemos o nosso trabalho de fazer o termo circunstanciado de rixa e também trazer o jogador para a conscientização, para que ele saiba que ele faz parte do espetáculo futebolístico e não de MMA?, completou Luiz Carlos de Oliveira.

Além das expulsões motivadas pela briga, o árbitro já havia expulsado Léo, do Athletico, aos 26 minutos do primeiro tempo, e Felipe Guimarães, do Coritiba, aos 47 minutos do segundo tempo, em lances distintos e ambos após o segundo cartão amarelo. Ao longo da partida, foram inúmeras paralisações devido a discussões e empurrões entre os jogadores das duas equipes.